quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Caso Yego: "Quero poder te dar um futuro melhor", declarou estudante em última conversa com namorada


O corpo do estudante de Geologia, Yego Cunha Leal, de 21 anos, encontrado nesta quarta-feira, 28, foi encaminhado ainda ontem para o Instituto Médico Legal (IML) de Palmas. A necropsia deverá apontar as causas da morte do jovem, localizado três dias após desaparecer em uma região às margens da TO-010, entre as cidades de Wanderlândia e Babaçulândia. 


Somente depois da realização dos exames, o corpo será liberado para o traslado em uma aeronave até o Pará. Até o momento, a família não informou onde será o velório.  

Segundo informações do tenente Siqueira, Yego, que participava de uma expedição da universidade na região, foi localizado embaixo de uma árvore, na região de Babaçulândia. O local fica próximo uma serra, longe 15 quilômetros do lugar onde o paraense teria sido visto pela última vez. 

Não foram encontradas marcas de violência no corpo. Suspeita-se que o estudante tenha morrido vítima de desidratação. A área registra altas temperaturas nesta época do ano.

Luto e tristeza

(Foto: Arquivo Pessoal)

A Universidade Federal do Pará (UFPA), que passa por um processo de transição para se tornar a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), divulgou nota em que se solidariza com a família e os amigos de Yego. De acordo com a instituição, todas as providências cabíveis nesse momento estão sendo tomadas. 

O reitor da universidade, Maurílio Monteiro, informou que psicólogos que irão prestar assistência aos professores e alunos que estavam no grupo que viajou para o Tocantins junto com Yego.

Em uma rede social, a namorada de Yego, Milena Correa, divulgou o trecho de uma conversa que teve com o jovem antes da tragédia. "Seu namorado tem uma vida loka, mas te ama muito...", escreveu o estudante, que declarou em seguida: "Quero poder te dar um futuro melhor, pra vc e pra todos q amo...".



Segundo os colegas de Yego, o jovem era fascinado pelo curso, principalmente pelas aulas de campo. O estudante é natural da cidade paraense de Igarapé-Miri e, atualmente, morava em Marabá, onde estudava.


Desaparecimento

Segundo informações da Polícia Militar (PM), o universitário, que estudava Geologia na Universidade Federal do Pará (UFPA), participava de uma pesquisa de campo com outros 33 acadêmicos. Os estudantes foram divididos em vários grupos, cada um deles ficou responsável por catalogar aspectos geológicos de uma determinada área.

Yego estava acompanhado do professor Antônio Emídio de Araújo Santos Júnior e de outros dois estudantes, quando uma aluna começou a se sentir mal no fim da tarde, provavelmente vítima de insolação. De acordo com Júnior, um outro integrante do grupo ficou com a colega enquanto ele e Yego foram buscar o carro. Durante o percurso o estudante também passou mal. O professor teria orientado o jovem a ficar no ponto marcado esperando ele buscar o veículo para socorrer a todos, o que não aconteceu.

As buscas contaram com a participação de policiais militares e bombeiros do Tocantins, de moradores de Babaçulândia e da 23ª Brigada de Infantaria da Selva de Marabá (PA). 

(Rede TO)

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