terça-feira, 27 de agosto de 2013

Gurupiense assassinada em São Paulo sofreu tentativa de assalto quando chegava à universidade


(Foto: Futurapress)

Tiago Souza/Da redação
Uma psicóloga de 29 anos foi baleada e morta durante um assalto na noite desta segunda-feira (26), no Tatuapé, zona leste de São Paulo. Ela estacionou o carro perto da faculdade onde estudava e foi abordada por ladrões. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento do crime. 
No quarteirão residencial, quase não havia vagas para estacionar. As imagens mostraram o carro da universitária manobrando antes de entrar na rua. Passava das 19h40 da noite quando Cláudia Roberta Machado Romão, de 29 anos, dirigiu até o meio da via. Ali ela fez mais uma manobra e retornou em direção à esquina. Pouco mais de um minuto depois de chegar à rua, Claudia encontrou uma vaga e estacionou.
Segundos depois, o carro dos bandidos surgiu na gravação. Por causa do farol, a imagem não mostrou a abordagem. Mas, na gravação, o veículo dos criminosos passou pelo carro da universitária e, na sequência, um homem veio correndo atrás. Ele entrou no automóvel pela porta do passageiro. No mesmo momento, outro homem entrou pela porta traseira do carro. Os suspeitos fugiram em direção a um dos acessos à avenida Aricanduva.

Estudante era de Gurupi - TO
(Foto/Arquivo Pessoal
Testemunhas disseram que três homens estavam dentro do carro. A dona de casa Maria Cléria contou que estava em casa quando escutou o disparo.
— Ouvi o tiro. Um tiro só e depois a buzina tocou uma vez só e deu aquela arrancada de pneu. (...) No que eu fui olhar a menina estava dentro do carro assim, toda caidinha.
O tiro que matou a universitária entrou pelo vidro lateral do carro. O delegado Antonio de Olim acredita que ela reagiu.
— Eu acredito, ou ele foi assaltá-la, ela estava com o carro engatado, ela tentou sair. Ela tomou um tiro certeiro aqui, foi um tiro só que pega no braço.  
Logo depois de ser baleada, Claudia recebeu ajuda de moradores que tentaram fazer massagem cardíaca. Quando a polícia chegou, ela já estava morta. Os bandidos que atiraram na universitária ainda não foram identificados Um estudante, que foi roubado há uma semana, em uma rua ao lado, acredita que pode ter sido vítima do mesmo bando, que usava um carro igual ao que aparece na gravação.
— Um estava armado. O outro já entrou no carro e um ficou dentro do carro. Eram três ladrões.
O carro dele, levado no dia do crime, foi recuperado depois.
Como a universidade não tem estacionamento, os estudantes param os carros em ruas da região. Desde que a faculdade foi construída, segundo moradores, o movimento nesta área aumentou bastante. Segundo Alicia Consolaro, uma funcionária pública que mora na região, os roubos são frequentes, principalmente à noite.
— Você não pode entrar em casa. Você não pode sair. Os próprios alunos estão sendo assaltados, como esta moça que foi morta hoje [ontem].
Segundo a polícia, a universitária é de Gurupi, interior do Tocantins e estava em São Paulo havia menos de um ano. Casada recentemente, ela fazia um curso de pós-graduação. Não há registro de que ela estivesse sofrendo ameaças, como conta o delegado Olim.
— Eu acho que execução, um tiro certeiro desse, ele não daria. Geralmente são mais de um tiro. Pela nossa experiência, se fosse execução ele dispara o revólver... Ali não, foi um tiro, não sei se ele já veio engatilhado, já atirou, se ele já deu rapidamente, você já vê ele correr e entrar no carro.
Durante a perícia, investigadores encontraram no bolso da universitária o relógio de pulso dela. Para a polícia, um indício de que a jovem temia ser assaltada ao chegar à faculdade. Os criminosos fugiram sem levar nada. 
( Portal R7)

Nenhum comentário:

Postar um comentário