sábado, 21 de setembro de 2013

PCC e Comando Vermelho buscam se estabelecer no Tocantins: grupos já tem até "filiados" em presídios do estado

Uma das maiores organizações criminosas do país pode estar atuando no Tocantins. É o que leva a crê uma carta encontrada recentemente em uma das celas da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota, em Araguaína.

O documento, apreendido durante revista no início do mês, teria sido enviado por uma das lideranças do Comando Vermelho (CV), facção criminosa surgida em 1979 no Rio de Janeiro, que de dentro das cadeias, comandam 
rebeliões, fugas, resgates, assaltos, sequestros, assassinatos e o tráfico de drogas. Aliás, é na venda de maconha e cocaína que está seu maior faturamento. O integrante mais famoso do grupo é Fernandinho Beira-Mar, preso desde o ano 2000.

Na carta encontrada no presídio de segurança máxima de Araguaína, aparecem os nomes de 43 presos. De acordo com o promotor de justiça Benedicto Guedes, trata-se de uma espécie de matrícula para participar da facção. O documento também menciona alguns advogados da cidade, além de indicar o interesse da facção na compra de uma casa na cidade para abrigar os membros do CV. 


Guedes defende que o poder público precisa agir rápido, promovendo uma investigação aprofundada do caso e impedindo que o grupo se estabeleça no Tocantins. Para o promotor, é indiscutível o interesse do Comando Vermelho em ampliar as suas atividades, ganhando espaço em presídios do interior do Brasil. "Há indícios claros de que o grupo está buscando a instalação no estado. O crescimento da criminalidade no Tocantins tem forte ligação com o poder de organização dos criminosos em grupos como o Comando Vermelho", explica. 

PCC

E não é só o Comando Vermelho que tem demonstrado interesse pelo Tocantins. Outra facção criminosa conhecida da polícia também parece ter chegado ao estado mais novo do Brasil. De acordo com a polícia, o Primeiro Comando da Capital (PCC), surgido em São Paulo no ano de 1993, assim como o Comando Vermelho, busca recrutar presos em presídios tocantinenses.

No dia 14 de agosto, durante a operação "Al Capone", foi preso, em Porto Nacional, Ralfer Soares da Silva, vulgo "Ratão", de 28 anos de idade, acusado de liderar o PCC no Tocantins. De acordo com a polícia, ele é responsável pela distribuição maciça de entorpecentes em pelo menos três estados e no Distrito Federal. Ele está preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas.

Resposta

Em nota encaminhada à imprensa, as secretarias estaduais de Segurança Pública (SSP) e Defesa Social (Seds) informaram que os serviços de inteligência da polícia estão trabalhando no monitoramento das maiores unidades prisionais do Tocantins desde 2012. 


(Rede TO)

Nenhum comentário:

Postar um comentário