quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Polícia realiza buscas por presos que fugiram do presídio: trio é considerado de alta periculosidade

Wildeglan Rodrigues dos Santos, de 25 anos, Lindenberg Lima Silva, de 26 anos, e Wanderson Lopes da Silva, de 22 anos, fugiram na noite desta segunda-feira, 21, da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota
Três presos fugiram da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota, em Araguaína, na noite desta segunda-feira, 21. A fuga aconteceu por volta das 20 horas. Wanderson Lopes da Silva, de 22 anos, Wildeglan Rodrigues dos Santos, de 25 anos, Lindenberg Lima Silva, de 26 anos, fugiram depois de arrebentarem as grades da cela onde estavam, subirem por cima do prédio e descerem pela lateral do presídio. Após chegarem no pátio de entrada e despistarem os cães com um lençol, os três pularam a cerca e correram em direção ao matagal.

A ação durou cerca de 20 minutos. Houve dois disparos de arma de fogo antes da chegada da polícia. O trio é considerado de alta periculosidade e estava no setor conhecido como "Seguro". Wanderson foi condenado por homicídio, Lindenberg, por latrocínio (roubo seguido de morte) e Wildeglan, por homicídio e latrocínio.

Wanderson já havia tentado fugir do presídio no último dia 16 de junho deste ano. 


Dezenas de policiais trabalham nas buscas aos foragidos. Uma barreira foi montada na TO-222. Até o momento, não há pistas sobre o paradeiros dos três presos. 

Rotina de insegurança

Ao todo, o presídio registrou de junho para cá, pelo menos sete tentativas de fuga, além de dezenas de apreensões e um princípio de motim.

No dia 03 de outubro, o detento Arthur Rodrigues dos Santos, vulgo "Gasparzinho" de 19 anos, foi assassinado com três golpes de arma artesanal feita com barra de ferro durante o banho de sol. Um dia antes, outro preso foi morto dentro da Barra da Grota. Welkes Paulo Neto de Oliveira, de 27 anos, foi assassinado com golpes de uma arma artesanal também durante o banho de sol.

Segurança máxima?

Apesar de ser considerado um presídio de segurança máxima, a Barra da Grota enfrenta uma rotina de insegurança. Desde o dia 16 de junho, a unidade vem registrando tentativas de fuga, sempre acompanhadas da apreensão de dezenas de objetos que entram misteriosamente no local. A crise teria causado, inclusive, o afastamento de funcionários da empresa que gerencia o presídio, a Umanizzare, acusados de fazerem vista grossa para a entrada de objetos.

Histórico de tentativas de fuga

No dia 28 de setembro, quatro presos foram flagrados por agentes penitenciários serrando as grades da sala de triagem onde estavam. O número pequeno de agentes durante o plantão pode ter facilitado a ação dos detentos.

No dia 1º de setembro, Antônio William da Silva Pereira, que cumpre pena por furto, e Eduardo Almeida Carvalho, que responde por homicídio, serraram a proteção de metal da janela da prisão, quebraram parte da parede e tentaram passar pela janela de ventilação.

No dia 26 de agosto, cinco internos tentaram fugir depois de quebrarem o forro da cela. Três detentos já estavam do lado de fora do prédio quando foram capturados por agentes penitenciários.

No dia 23 de julho, nove detentos cortaram o forro de uma das celas para fugir - apenas um deles conseguiu chegar à parte externa da Barra da Grota. São eles: Francisco Nonato de Souza, de 31 anos, que cumpre pena por roubo, Edivaldo Coelho da Silva, de 33 anos, preso por homicídio, e Rosivaldo Pereira de Souza, de 22 anos, preso por assalto e estupro.

No dia 15 de julho, outra tentativa. Cinco detentos, sendo eles Afonso de Moura, 32 anos, acusado do crime de furto e roubo, Antônio Rangel, 27 anos, acusado de homicídio e roubo, Marielton da Silva, 30 anos, Eduardo Almeida, 27 anos e Clésio Sousa, 22 anos, acusados de roubo, também tentaram fugir do presídio de segurança máxima. Eles cortaram a janela de iluminação de uma das celas, perfuraram o concreto e quando tentavam passar pela terceira das quatro telas que cercam o presídio foram avistados por agentes de ressocialização.

No dia 16 de junho, dois presos, Wanderson Lopes da Silva e Robson Alves, foram flagrados serrando o vidro de acrílico da cela 207, que serve para obtenção de luz.


(RedeTO)

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